Capital registra alta na oferta de lojas e salas comerciais - CDL POA

Capital registra alta na oferta de lojas e salas comerciais


Capital registra alta na oferta de lojas e salas comerciais

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AGOSTO, 2020

Notícias

Principais polos do comércio da Capital foram afetados pela crise

Lojas, restaurantes, bares e lancherias de Porto Alegre que não estão fechados, operam com restrições. Em quase 150 dias sem funcionar a pleno, mesmo sem um levantamento preciso de quem encerrou atividades, é possível ver nas ruas que diversas empresas de varejo e de serviços sucumbiram, especialmente as que já enfrentavam dificuldades de caixa.

Muitos inquilinos renegociaram o valor dos aluguéis, mas outros tantos se viram forçados a desocupar os espaços. Como resultado, há um crescimento na oferta de imóveis para locação nos principais bairros comercias de Porto Alegre, tanto em lojas quanto em salas comerciais.

A alta no número de imóveis desocupados é registrada na comparação de junho com o mesmo mês do ano passado, e também quando são colocados lado a lado os meses de maio e junho deste ano, o que demonstra o aprofundamento da crise em meio à pandemia.

Somente no Centro Histórico da Capital, a oferta de lojas cresceu 16,4% entre maio e junho deste ano. De 841 unidades para locação em maio, o dado passou para 979 no sexto mês de 2020, aumentando a desocupação. Já o número de salas e conjuntos disponibilizados aumentou 1,3% no mesmo período, passando de 160 para 162.

Essa pequena elevação entre salas e conjuntos, que à primeira vista poderia sinalizar uma tendência positiva, de resiliência do setor, é resultado da baixa confiança em fechar negócios. “É inútil ofertar agora, muitos esperam por um momento melhor”, explica Moacyr Schukster, presidente do Sindicato Intermunicipal das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e Condomínios Residenciais (Secovi-RS).

Antes da pandemia, a região central era a que estava em situação melhor dentro do panorama do comércio da cidade, avalia o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Irio Piva. Mas, hoje, é um dos locais mais impactados, até por ser um local de passagem entre a casa e o trabalho para boa parte da população. “Nesse momento, as pessoas estão preferindo comprar próximo de casa, e o Centro está sofrendo. E, mesmo que a transmissão do vírus desacelere, teremos pela frente um longo período em que as pessoas terão de se cuidar, mantendo a tendência de comprarem no entorno ou pela internet”, projeta Piva.

Polos comerciais de bairros enfrentam desafios

Se a situação para o comércio é difícil no Centro Histórico de Porto Alegre, não é menos desafiadora nos bairros. “É raro o lugar que não esteja passando por situação difícil. Em locais que já vinham sofrendo, como Azenha e Assis Brasil, a tendência é de os problemas se ampliarem à medida que novas áreas vêm surgindo. Isso porque, se não houver grande mudança, não há como competir”, alerta o presidente da CDL Porto Alegre, Irio Piva.

A avaliação é corroborada por Paulo Kruse, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas). Os problemas são anteriores à chegada do vírus, pois muitas lojas e os próprios bairros careciam de melhorias. “Como as lojas não tinham retorno e condições para fazer investimento, havia degradação do comércio e das ruas”, observa Kruse.

É o caso da Azenha. Conforme Leonardo Dias da Cruz, vice-presidente da Associação Nova Azenha, a realidade estava complicada há pelo menos dois anos, mas havia perspectiva de melhora ao longo deste ano. “Estamos lutando com dificuldade, alguns poucos ramos conseguem ter crescimento na região, já tinha um rodízio de estabelecimentos abrindo e fechando”, detalha, exemplificando que a unidade da Território do Sapato, foi inaugurada há menos de dois anos e fechou em definitivo com a pandemia. “Era uma loja grande, localizada no prédio do antigo Sicredi, e estávamos felizes porque loja grande atrai fluxo.”

Em outro ponto da cidade, com perfil comercial diferente e edificações de alto padrão, a Terceira Perimetral também assiste a crise ampliar o número de lojas e de escritórios vazios. O trecho, entre as avenidas Carlos Gomes e Dom Pedro II, chamado de “Avenida Paulista” de Porto Alegre, já passava por um processo de esvaziamento em razão da economia desaquecida e do preço dos aluguéis e IPTU na região, bem acima de outras partes da cidade. Atualmente, o valor de locação de um conjunto de 700 metros quadrados, em um portal imobiliário, é ofertado por R$ 70 mil mensais.

Mas há alternativas bem mais baratas, inclusive com o compartilhamento de espaços: o coworking. O sistema vem ganhando adeptos, inclusive com a chegada da maior rede mundial, a norte-americana WeWork, que desembarcou por aqui em dezembro de 2019 e escolheu a Carlos Gomes para sua sede.

Enquanto algumas regiões estão se esvaziando, outros centros estão ganhando relevância como locais de compras. É o caso de áreas próximas ao bairro Jardim Europa, na Zona Norte, e ao BarraShoppingSul, na Zona Sul, exemplifica Vilson Noer, fundador da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) e conselheiro de entidades lojistas. Essas novas regiões reforçam a tendência que já se verificava de as pessoas privilegiarem o entorno para evitar transporte coletivo ou automóvel. “Núcleos locais tendem a se fortalecer. Surgem vários e novos polos comerciais e as pessoas, de certa forma, vão pelo conforto, comodidade, para ganhar tempo e não ter de se deslocar tanto”, considera Noer.

Bom Fim também registra alta na oferta de imóveis

O bairro Bom Fim ampliou o número de operações comerciais nos últimos anos e se valorizou. Mas também sente a crise do coronavírus e está com a oferta de imóveis comerciais em alta. A avenida Osvaldo Aranha “vai sentir muito a crise neste primeiro momento”, pondera o presidente da CDL POA, Irio Piva. Hoje, pelo menos quase uma centena de lojas e salas comerciais estão à disposição em sites de busca de imóveis. Número que passa de 400 em todo o bairro.

Apesar do momento de dificuldade, a região deve retomar as atividades com força após a economia melhorar, por se manter como importante polo comercial, assim como a Cidade Baixa, considera Piva.

O Bom Fim é conhecido por sua diversidade, entre prédios de apartamentos, há pequenas boutiques, cafés, super e pequenos mercados, restaurantes, bares e opções de serviços, como imobiliárias.

O dirigente da CDL POA lembra que a cidade passa por transformações cíclicas e locais, e cita o Quarto Distrito, que já foi uma região esquecida, e agora atrai empreendimentos, inclusive que migraram da boêmia Cidade Baixa. “A cidade está se descentralizando e vai se manter criando novos núcleos”, explica.

Fonte: Jornal do Comércio – Empresas & Negócios

 

 

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A CDL Porto Alegre reafirma seu compromisso em acolher as necessidades dos varejistas, auxiliando-os a transpor os entraves da disseminação do coronavírus. A Entidade tem a convicção de que a unidade do setor fará grande diferença neste momento tão delicado e de apreensão para todos. Com a atenção e a disponibilidade de cada empresário, para fazer a sua parte, o setor sairá ainda mais forte desta crise.

 

Data

12 agosto 2020

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