Tentativas de fraudes caem 26% em relação a edição passada. Sistema da Konduto barra um total de R$ 71,5 milhões em fraudes durante o período
O número de pedidos no comércio eletrônico na Black Friday de 2022 foi 25% menor do que em 2021. No entanto, a receita no período foi 60% superior à do ano passado, segundo um levantamento realizado pela Konduto, vertical antifraude da empresa de inteligência analítica Boa Vista, parceira de negócios da CDL Porto Alegre. Os dados apontam que os consumidores optaram por adquirir menos produtos, mas de maior valor. A análise contempla as vendas feitas entre a sexta-feira e o domingo da semana do evento de promoções do comércio.
Acompanhando a redução do número de pedidos de compra online, as tentativas de fraudes desta Black Friday também caíram (-26%), em comparação com a edição passada. Mesmo assim, o sistema da Konduto barrou um total de R$ 71,5 milhões em tentativas de fraude durante o período do estudo.
Mobiles são a plataforma preferida
Ano após ano, os estudos da Konduto mostram que as compras por dispositivos móveis têm crescido gradativamente. Em 2020, foi a primeira vez que as compras via mobile passaram de 50% do número total de compras online — em menos de três anos, esse número chegou a 74%. E as fraudes acompanharam isso. Na Black Friday de 2022, 72% das tentativas foram originadas desses dispositivos.
Madrugada sem movimento
As madrugadas têm sido menos movimentadas na Black Friday. Em 2021, o período de 0h às 05h era responsável por 11% das vendas e 10% das fraudes. Em 2022, os números caíram para 6% e 8%, respectivamente. Tanto os consumidores, quanto os fraudadores preferem o horário comercial — 60% das vendas e 57% das fraudes aconteceram entre às 6h e 17h.
Sudeste abocanha grande parte das vendas
Na análise por região, o Sudeste se destacou, registrando 62% das vendas e 59% das tentativas de fraude de todo o Brasil. No Nordeste, a Bahia foi o estado com a maior taxa de vendas (5,16%) e também de tentativas de fraudes (3,79%). Na região Norte, o Pará registrou a maior representatividade em vendas (0,87%) e em fraudes (1,08%), em contraste com Roraima, que foi responsável por apenas 0,06% das vendas e 0,38% das tentativas de fraude.