Aumento do índice de criação de empregos deve ser visto com cautela
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NOVEMBRO, 2020
Notícias
O Rio Grande do Sul dá sinais de recuperação na criação de empregos, mas o cenário ainda é preocupante. Aos poucos, as vagas de empregos começam a surgir no Estado. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o RS está há quatro meses, seguidos, com saldo positivo na criação de postos de trabalho formais. Janeiro e fevereiro tiveram mais contratações do que demissões, quando veio a pandemia, março teve saldo negativo, abril foi o pior mês com quase 80 mil vagas a menos. Já em maio, a situação melhorou um pouco, mas ainda com menos 34 mil postos. Em junho, uma nova melhora, mas ainda no negativo. Só em julho a conta começou a ficar positiva de novo, mantendo o crescimento até outubro.
O momento de retomada é visto com cautela pelo economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank. Segundo ele, é importante notar que o Rio Grande do Sul está tendo um desempenho bem inferior à média nacional, porque não se trata apenas dos efeitos da pandemia, como também a combinação com a estiagem e a safra de grão que acaba impactando negativamente na circulação de renda no Rio Grande do Sul.
Em outubro, o melhor desempenho no Estado foi o do comércio, com quase 9 mil vagas, seguido da indústria e dos serviços. Segundo a análise do economista, o que vem favorecendo também é o fato de os desligamentos estarem em um patamar muito baixo. Frank crê que isto se deve às medidas de preservação do emprego do governo, como suspensão do contrato de trabalho, redução de jornada com diminuição de salário, linhas de crédito para financiamento da folha de pagamento.
Entre os empresários, a preocupação agora é de que o agravamento da pandemia force novamente os fechamentos, por isso, pedem a ajuda da população.
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