As novas projeções do FMI para o futuro da economia - CDL POA

As novas projeções do FMI para o futuro da economia

O FMI divulgou recentemente sua leitura atualizada a respeito da conjuntura global, além de previsões para importantes variáveis macro. De acordo com o documento, o desempenho aguardado para o PIB mundial em 2023 aumentou de +2,8% para +3,0% entre abril e julho.

Diversos fatores contribuíram para o movimento, incluindo: (1) a melhora da situação envolvendo a cadeia internacional de insumos e suprimentos; (2) a atuação rápida dos bancos centrais para mitigar as instabilidades no sistema financeiro após os problemas no Silicon Valley Bank, Signature Bank e UBS; (3) a retomada do turismo; (4) a resiliência da ocupação nos países desenvolvidos, com taxas de desemprego bastante deprimidas nos Estados Unidos e na Zona do Euro.

Não houve revisão para 2024, de modo que o crescimento esperado é o mesmo de 2023. Ambos os números, caso sejam confirmados, permanecerão aquém dos verificados em 2022 (+3,5%) e da média histórica entre 2000 e 2019 (+3,8% ao ano), ou seja, antes da eclosão da pandemia. A inflação pressionada representa um dos elementos que vem pesando desfavoravelmente sobre o nível de atividade: apesar da leve queda do índice de preços ao consumidor antevisto para 2023 em comparação com o último levantamento (de +7,0% para +6,8%), o ritmo do avanço continuará acelerado, lembrando que a média entre 2000 e 2019 foi de 3,9% ao ano. Como resposta, as autoridades monetárias conservarão o custo do crédito em patamares elevados, acarretando menor geração de renda e contratações.

Especificamente para o Brasil, o prognóstico do PIB em 2023 passou +1,2% para +2,1%, na esteira da supersafra de grãos capturada pela estatística do primeiro trimestre e dos transbordamentos de seus efeitos positivos para segmentos como os transportes. O referido impacto se sobrepôs ao desaquecimento do parque fabril e de outros ramos do setor terciário. Já para 2024, a estimativa seguiu em +1,2%.

A despeito de alguma evolução no curto prazo, os dados mostram que a absorção do choque relacionado à COVID-19 – e de todas as medidas adotadas para tentar controlar a crise sanitária – ainda levará tempo. Logo, o produto nos próximos anos deve se expandir mais lentamente em virtude da persistência da deterioração do poder de compra das moedas e dos juros altos.

 

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    Data

    04 agosto 2023

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