CDL POA e Sindilojas POA se encontram em Live no Facebook com a vereadora Comandante Nádia - CDL POA

CDL POA e Sindilojas POA se encontram em Live no Facebook com a vereadora Comandante Nádia


CDL POA e Sindilojas POA se encontram em Live no Facebook com a vereadora Comandante Nádia

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JUNHO, 2020

Notícias

 

O presidente da CDL POA, Irio Piva, e o presidente do Sindilojas POA, Paulo Kruse, foram os convidados da vereadora Comandante Nádia (DEM) em Live em sua página no Facebook nessa segunda-feira (15). O evento online propiciou um rico debate sobre a situação do varejo em Porto Alegre, que reforçou a boa relação das entidades com a prefeitura da Capital no intuito de cooperação para que a população vivencie uma cidade cada vez melhor. Um dos questionamentos abordou a presença dos comércios ilegais, que têm sido vistos atuando livremente das ruas, muitas vezes sem segurança sanitária. Saiba como foi a participação dos convidados: 

 

Irio Piva

Presidente da CDL Porto Alegre

Piva conta que a expectativa, por parte dos lojistas, era de que a abertura ocorresse antes do Dia da Mães, mas não foi possível. Com o decreto de 20 de maio, que permitiu a abertura, muitos comércios levaram de três a quatro dias a fim de se prepararem para abrir. Estoques precisaram ser repostos e muitos apresentam prazo de validade. Os clientes também demoram para se sentirem seguros e voltarem a sair, embora os shoppings sejam um lugar seguro. A notícia de um novo fechamento foi muito dura para o setor, lastimável.

O que o setor reivindica é uma certa previsibilidade, pois existem muitos investimentos implicados. Evidente que as entidades do varejo sabem das dificuldades enfrentadas pelo prefeito ao tomar estas decisões. Piva diz que, na última sexta-feira (12), quando houve o anúncio de novo fechamento, existiam ‘dois bodes na sala’, se referindo ao fechamento praticamente total das lojas e restaurantes, e que um deles foi retirado, com as negociações realizadas antes da publicação do novo decreto, na segunda-feira (15). Existem empresas com dificuldade em estoque, pagando empregados, aluguel, é um grande desafio.

Sobre o comércio ilegal, Piva afiram ser um grande problema e puxa a responsabilidade para o lado cidadão, que deve optar por quem é legalizado e ajuda a desenvolver a cidade e o País. “Somos responsáveis pelo cuidado, cada um de nós tem que fazer um pouco”, pondera Piva. Os camelôs estão na frente das lojas, sem nenhum tipo de cuidado, tiram espaço de quem está contribuindo com impostos e empregos, não é possível competir.

Aos empresários, Piva acredita, o momento exige uma reinvenção dos negócios. A crise não está atingindo quem tem ou não competência, é algo maior. Alguns negócios foram afetados de maneira profunda. Para o dirigente, é muito triste ver uma loja fechada. Este é o momento de criar um modo diferente de vender, de acessar o consumidor, seja via WhatsApp, redes sociais, ou Market Place. Piva acredita que a nova realidade não permitirá a venda do modo que vinha sendo feita antes da pandemia.

É um momento de se aproximar das entidades, existem muitos lugares em que o empreendedor pode se apoiar e aprender. Piva ressalta que sozinho ninguém resolve nada, juntas as pessoas são mais fortes para criar saídas, não adianta apenas reivindicar, tem que fazer.

A saúde é muito importante, além dos doentes com Covid-19, muitas pessoas têm tido depressão durante a pandemia. Pode faltar comida. As decisões de abrir e fechar os estabelecimentos resolvem alguns problemas e podem criar outros. A população tem que sair na rua com muita responsabilidade. A sociedade é um ecossistema, deve haver um equilíbrio.

Piva relembra que as pessoas vão continuar comendo, se vestindo e viajando. Querendo viver melhor. Esse momento fez com que as pessoas mudassem muito, como em países que renasceram após uma guerra.  Esta é uma chance de todos saírem melhor daqui para a frente. O dirigente pede para que os lojistas não desistam, e que acreditem que todos sairão mais fortes daqui para frente.

 

Paulo Kruse

Presidente do Sindilojas Porto Alegre

O início do fechamento do comércio foi um baque muito grande para os lojistas. Não foi fácil parar com todas as contas ativas, funcionários, estoques. A partir daí, os empresários conseguiram minimizar os custos e suspender contratos para segurar os empregos. Alguns aprenderam a vender por meio de diferentes canais e outros, poucos, continuaram abertos. As lojas começaram a se adequar até que o decreto de maio iniciou uma lenta retomada, que vinha crescendo. O Dia dos Namorados foi a primeira data que possibilitou algum acréscimo nas vendas. O lojista havia começado a planejar suas compras para o inverno, que estavam em andamento e, para a surpresa de todos, houve o anúncio da expectativa de novo fechamento.

Kruse também não considera interessante que os grandes fechem, representam 40% das vendas, mas também nem médios, nem pequenos querem ser fechados. Nos últimos anos, já vinha sendo difícil, o empresário brasileiro teve que ser muito competente para obter resultados. As empresas terão muitos problemas para a frente, estima.

Sobre os shopping centers, Kruse pondera, trata-se de um negócio bilionário, com investimentos vindo de todo o mundo. Os shoppings brasileiros não devem nada aos internacionais, neste aspecto, o Brasil é primeiro mundo, as medidas de segurança são garantidas ali. Todos os lojistas tiveram que se adequar, e eles são profissionais.

Em Porto Alegre, o comércio faz transitar cerca de 500 mil trabalhadores diariamente. Por exemplo, em uma quadra da Av. Assis Brasil, aproximadamente 200 mil pessoas movimentavam-se antes da pandemia.  O comércio não é vilão, mas foi necessário tirar as pessoas das ruas, foi isso que fechou o varejo. Com o decreto de maio, as lojas já estavam funcionando com 50% de funcionários e também cerca de metade das vendas. Havia cerca de 80 mil pessoas que compram e trabalham em lojas grandes.

Acerca do comércio ambulante e ilegal, Kruse afirma que é frustrante combatê-lo, como o sentimento de ‘enxugar gelo’.

O dirigente afirma que as entidades são muito demandas a subirem o tom diante do prefeito Nelson Marchezan Jr., mas pondera “se brigarmos com alguém, ele vai me ouvir?”.  Se o Sindilojas e a CDL POA não mantiverem um canal aberto junto à municipalidade, será muito ruim. Bater panela não resolve, garante Kruse. O gestor explica que as entidades do varejo não são políticas, os prefeitos da cidade sempre tiveram apoio do Sindilojas e da CDL POA, e o interesse do comércio é na cidade e quanto melhor a vida nela, melhor para todos. “Neste momento, estamos fazendo o nosso trabalho. Temos muito respeito pelo prefeito, ele erra e acerta, ele conserta seus erros”, afirma Kruse, ressaltando que, nas reuniões com Marchezan, o tom até sobe, e ele ouve o que se passa com os lojistas.

Hoje, as entidades têm trabalhado em não deixar que os empresários desistam, e Kruse diz que tem utilizado a bagagem adquirida em outras crises. A dica é para que os empresários tentem errar o menos possível, sugere conversas com amigos, vizinhos, concorrentes, mudem, transformem seus negócios, mas não desistam. O importante é agir com lealdade, honestidade e correção para ultrapassar o momento.

 

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A CDL Porto Alegre reafirma seu compromisso em acolher as necessidades dos varejistas, auxiliando-os a transpor os entraves da disseminação do coronavírus. A Entidade tem a convicção de que a unidade do setor fará grande diferença neste momento tão delicado e de apreensão para todos. Com a atenção e a disponibilidade de cada empresário, para fazer a sua parte, o setor sairá ainda mais forte desta crise.

 

Data

16 junho 2020

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