Pesquisa faz raio-x do consumidor de vestuário no Brasil
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ABRIL, 2017
Notícias
Com o objetivo de verificar o impacto da recessão econômica na decisão de compra, o IEMI Inteligência de Mercado lança Estudo de Comportamento de Compra do Consumidor de Vestuário. Ao entrevistar mais de 1,5 mil compradores no período entre o final do ano passado e o início deste, a empresa constatou mudanças no comportamento dos consumidores na comparação com a edição anterior do levantamento, realizado em 2014.
Em dados gerais (que não consideram roupas profissionais, promocionais e uniformes escolares), o país decresceu de um volume anual de 6,5 bilhões de peças, na primeira versão, para menos de 5,8 bilhões no acumulado de 2016.
Apesar de ter caído em 9% o tempo gasto em cada site, 30% dos entrevistados afirmaram adquirir produtos durante o expediente de trabalho e 74% usam o dispositivo móvel para comparar preços.
O ticket médio subiu cerca de 25%: de R$ 237 para R$ 299
A quantidade de peças adquiridas por compra, segundo a pesquisa, caiu de 3,3 para 3 peças, mas a frequência de compra aumentou em torno de 8%. O ticket médio, contudo, subiu cerca de 25% – de R$ 237 para R$ 299. Considerando a correção de inflação, este crescimento no valor se deve também ao ajuste de poder de compra das classes A e B, visto que as classes C e D foram as mais afetadas com a crise econômica. No que se refere a importância da marca na decisão de compra, entretanto, segue inalterada na faixa de 50% na preferência do comprador.
Outra mudança de comportamento tem relação há três anos foi a motivação para comprar. Se em 2014 o bom atendimento era considerado por quase 50% dos entrevistados como o fator mais importante na atração de consumidores para as lojas de moda, hoje a oferta de preços baixos tornou-se o motivo principal.
O e-commerce apresenta um crescimento ainda tímido, o número de usuários que compra roupas pela internet subiu de 10% para 14% no período, e o valor das vendas está na casa de 1,4% do consumo total (cerca de R$ 2,5 bilhões por ano).