O presidente da CDL POA, Irio Piva, abriu a reunião de diretoria desta segunda-feira, 06/10, destacando a repercussão do Tá na Mesa, da FEDERASUL, na semana anterior. Com o tema “O Futuro dos centros históricos: O que aprendemos com a capital dos gaúchos para transformar outras cidades”, Irio debateu ao lado da fundadora da In Locco Pesquisas, Sabrina Leal – responsável pela elaboração da pesquisa sobre o Centro Histórico de iniciativa da CDL POA – e do secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos de POA, Cezar Schirmer.
“Demos o pontapé inicial ao apresentarmos ao prefeito Sebastião Melo e à mídia. Agora, outras entidades estão se mobilizando”, afirmou Irio. “É uma área que precisa ser discutida. Acredito que, em uns cinco anos, pois tem muitas obras a serem feitas, o Centro Histórico será outro”, complementou.
Outros assuntos do cotidiano da Capital receberam espaço: novos critérios do cálculo do IPTU e o plano diretor. Há alguns dias, o segundo vice-presidente Carlos Klein participou de uma reunião na qual ocorreu a apresentação sobre o IPTU.
“Trata-se de um sistema complexo. Aproveitamos para sugerir que a vacância em determinados locais seja considerada para o cálculo”, contou Klein. Já a diretora Ana Cláudia Bestetti fez um relato sobre a eleição da mesa diretora do Fórum das Entidades, espaço consultivo destinado a debater o projeto do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA), ocorrida na última sexta-feira.
Na sequência, o economista-chefe Oscar Frank falou sobre “Cenários e Perspectivas Econômicas”, tanto em nível internacional, como nacional e estadual. Sobre o nível de atividade no Brasil, o aquecimento do emprego é vetor positivo para o PIB. Com 5,6% de taxa de desocupação em relação à força de trabalho em setembro, o desemprego repetiu a mínima histórica de agosto de 2025. “O mercado de trabalho resiliente colabora para a sustentação do consumo das famílias no curto prazo via ganhos reais de salários”, avaliou Frank.
Sobre a taxa Selic, o economista prevê o ciclo de queda de juros deve ficar para 2026, pois dezembro de 2025 terminaria com 15% e somente em dezembro de 2026 cairia para 12,25%. Já em relação ao que o varejo gaúcho pode esperar, ele traça dois cenários. “Para o varejo dependente de renda, a inflação é um desafio. No entanto, o mercado de trabalho aquecido e a atuação do Governo Federal estimula a demanda agregada”, detalhou Frank. Para o varejo dependente de crédito, ele recomendou cautela por conta da sustentação da taxa Selic em patamares bastante elevados, pois o nível atual é o maior desde 2006.