O futuro do Centro Histórico de Porto Alegre e seus reflexos no comércio e no empreendedorismo foram os temas principais debatidos em mais uma edição do tradicional MenuPOA, promovido pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), realizada nesta terça-feira. Para o encontro, os participantes destacaram os desafios, as tendências, as potencialidades e o que precisa ser feito para a transformação da região central da capital gaúcha. A presidente da ACPA, Suzana Vellinho Englert, destacou que Porto Alegre vive um momento de readaptação do Centro Histórico, com reflexos nas áreas social, econômica, habitacional e ambiental.
“Temos a tarefa de reinventar o Centro ao mesmo tempo em que preservamos a sua identidade, a sua história e a sua vocação”, afirmou. Os convidados para o encontro de ontem foram o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA) e proprietário da loja Via Condotti, Carlos Klein, o fundador da empresa de consultoria Space Hunters, que tem atuado no projeto de transformação da região, Francisco Zancan, e o fundador da empresa Reacons Retrofit, Kleber Sobrinho, que trabalha com a transformação de imóveis para as novas realidades de comportamento.
Klein apontou que o Centro Histórico é uma região única no RS, oferecendo a melhor logística para quem pretende investir e consumir produtos do comércio. Para o empresário, o objetivo das mudanças que são previstas é transformar o local em um grande shopping a céu aberto.
“O Centro tem um excelente potencial de comércio, mas está passando por transformações que também envolvem a jornada do consumidor”, citou Klein. Sobrinho, da Reacons Retrofit, destacou que essa é uma ferramenta essencial para a transformação da região a curto prazo, pois refletirá em maior interesse do mercado, aumentando o valor do metro quadrado a médio e longo prazos.
Já o empresário Zancan afirmou que a revisão do Plano Diretor pode ajudar na transformação. Ele destacou ainda a necessidade de revisão de custos tributários para atrair empresas. Mesmo assim, ele vê o retrofit de imóveis como o primeiro passo para incentivar a maior circulação de pessoas na região.
Fonte: Correio do Povo