Os preços dos itens relacionados aos animais de estimação na Região Metropolitana de Porto Alegre seguiram aumentando nos últimos 12 meses até julho de 2025: 4,23%. No entanto, já são 12 leituras consecutivas em que o IPCA dos Pets fica abaixo do índice cheio, conforme o levantamento da Assessoria Econômica da CDL POA, com base em dados do IBGE. De acordo com o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, essa dinâmica traz alívio ao orçamento das famílias que dedicam parte da renda ao cuidado dos animais.
Paralelamente, dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), veiculados em reportagem da RBS TV, reforçam a expressividade do setor no Rio Grande do Sul. Mais de 11 milhões de pets vivem no Estado — o que equivale a mais de um animal por habitante — e existem mais de 2,4 mil lojas especializadas. Esses números indicam que o mercado pet impulsiona o varejo e amplia oportunidades em áreas como alimentação natural, adestramento, atendimento veterinário, banho e tosa, além de passeadores de cães.
Segundo a reportagem, a expansão foi impulsionada por fatores como a pandemia de 2020, que impulsionou adoções por companhia, e as enchentes de 2024, sobretudo em Canoas, onde cerca de 600 cães estão atualmente em abrigos à espera de adoção. Outros segmentos também cresceram, como o mercado felino — que já apresenta crescimento acelerado, podendo ultrapassar em número os cães nos próximos anos — e o segmento de peixes ornamentais.
Combinando aceleração da base de consumidores e acalmia nos preços, o setor pet se consolida como relevante para a economia gaúcha, impactando o consumo familiar e a geração de empregos.
