CDL POA: Inadimplência cresce em novembro, mas permanece abaixo dos níveis pré-enchentes - CDL POA

CDL POA: Inadimplência cresce em novembro, mas permanece abaixo dos níveis pré-enchentes

O Indicador de Inadimplência da CDL POA relativo às pessoas físicas (PF) subiu em novembro de 2024 em comparação com o período imediatamente anterior. De acordo com o levantamento elaborado pela Assessoria Econômica da Entidade, apesar da alta, os índices para o Rio Grande do Sul e Porto Alegre permanecem inferiores aos registrados em abril: período anterior às enchentes históricas que atingiram o território gaúcho.

Os números: Inadimplência Pessoa Física

  • Rio Grande do Sul: Taxa de 31,89%, alta de +0,22 ponto percentual em relação a outubro.
  • Porto Alegre: Taxa de 33,08%, crescimento de +0,09 ponto percentual no confronto com outubro.
  • Comparação com abril: Os índices seguem abaixo dos níveis pré-enchente (32,61% no RS e 34,34% em POA).
  • Número de negativados: 2,735 milhões de CPF’s no RS e 355.583 em Porto Alegre, segundo dados da Equifax | Boa Vista e de estimativas próprias com base no Censo 2022 do IBGE.

Os números: Inadimplência Pessoa Jurídica  

  • Rio Grande do Sul: Taxa de 12,82%, avanço de +0,19 ponto percentual em relação a outubro.
  • Porto Alegre: Taxa de 14,53%, aumento de +0,13 ponto percentual no confronto com outubro.
  • Número de empresas negativadas: 181.667 CNPJ’s no RS e 32.929 em Porto Alegre, conforme levantamento da Equifax | Boa Vista e dados do Mapa das Empresas do Governo Federal.

Análise de Cenário

De acordo com o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, “houve retração expressiva na quantidade de CPF’s negativados nos períodos críticos da crise climática (maio e junho). Isso se deveu à injeção de recursos emergenciais e à contenção de gastos das famílias em virtude das limitações à mobilidade. Porém, à medida que o dinheiro em circulação diminui e os gargalos à locomoção se normalizam, os indicadores voltam a sofrer pressão para cima, embora ainda permaneçam abaixo dos níveis registrados em abril”, explicou.

No caso das pessoas jurídicas, o economista destacou o provável impacto do programa “Desenrola Pequenos Negócios”, que vem permitindo a renegociação de dívidas de micro e pequenas empresas desde abril. Em contrapartida, os empreendedores vêm lidando com a aceleração da inflação ao produtor, que, nos últimos 12 meses, acumulou alta de 6,97% de acordo com a FGV, pressionada pela desvalorização cambial. “O aumento da inadimplência PJ para o Rio Grande do Sul em novembro reflete uma natural acomodação após a maior sequência de quedas mensais (cinco) da história do indicador para as empresas.”

Outro desafio relevante diz respeito ao impacto das elevações da Taxa SELIC, que deve encerrar o ciclo de alta em meados de 2025, alcançando 14,25% ao ano, conforme projeções da Assessoria Econômica. “O cenário econômico doméstico (superaquecimento do nível de atividade e do mercado de trabalho, aceleração da inflação corrente e de suas expectativas, riscos fiscais e desvalorização cambial) e externo mais conturbados reduzem o espaço para que tenhamos o início de cortes nos juros ainda no próximo ano.”, concluiu.

Sobre o indicador

O Indicador de Inadimplência CDL POA é elaborado pelo Núcleo Econômico da Entidade, cujo objetivo é medir mensalmente a inadimplência dos consumidores e das empresas do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre a partir da maior base de dados restritivos disponível no Rio Grande do Sul, da Equifax | Boa Vista. O levantamento para pessoas físicas teve início em fevereiro de 2022. A investigação mostra a parcela de pessoas físicas ou de empresas com algum tipo de restrição a crédito, cheque, protesto ou ação judicial.

Data

13 dezembro 2024

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