O Plano Diretor de Porto Alegre foi tema da reunião-almoço da diretoria da CDL POA nesta segunda-feira (04/12). Conduzido pela 1ª vice-presidente Nilva Bellenzier, o encontro teve como convidados a diretora de Planejamento Urbano, Patrícia Tschoepke; a coordenadora de Planejamento Urbano, Vaneska Paiva Henrique; e o chefe da Unidade de Projetos Urbanos, Guilherme Silveira Castanheira. “O Plano Diretor é crucial para organizar a cidade a fim de que ela seja mais eficiente e também para flexibilizar parâmetros”, resumiu Vaneska.
A diretora da CDL POA, Ana Cláudia Bestetti, arquiteta e urbanista por formação, representou a Entidade nas discussões do Plano Diretor, explicou que, no início de novembro, ocorreu a Conferência de Revisão do Plano Diretor: “Durante três dias, houve oficinas e debates nos quais a comunidade, seja por meio de associações de bairro ou de entidade de classe, se manifestou. Considero muito importante nossa participação enquanto varejistas”.
Na sequência, Patrícia conduziu uma apresentação que detalhou as etapas de revisão do plano diretor (iniciada em 2019). O PD diz respeito a várias dimensões – espaços públicos, mobilidade, habitação, meio ambiente e gestão. Por isso, tem como objetivos qualificar os espaços públicos e potencializar a utilização do Guaíba; reduzir o tempo de deslocamento das pessoas nos trajetos diários; adaptar a cidade para os efeitos das mudanças climáticas e zerar as emissões de gases de efeito estufa. Ainda, o 2º vice-presidente da CDL POA, Sérgio Galbinski, comentou que “a gente pensa que o Plano Diretor é sobre onde e como construir, porém, não se limita a isso”. Patrícia concordou, acrescentando que esse aspecto está especificamente relacionado à Lei de Uso e Ocupação do Solo e aos seus regramentos. “Por isso tudo, é tão necessário entender a cidade como ela é”, complementou.
Dentro dessa ótica, de prestar atenção na dinâmica da Capital, o vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais, Carlos Frederico Schmaedecke, defendeu a necessidade de a orla ser chamada por um único nome. “Hoje, são quatro ou cinco maneiras diferentes, e o melhor é Orla de Porto Alegre, como fazem outras localidades, no Brasil e no Exterior, batizando com o nome da própria cidade”, argumentou Carlos Frederico, também conselheiro do Conselho Municipal de Turismo (Comtur). Vaneska compartilha o mesmo ponto de vista: “A cidade é também uma marca que deve estar alinhada com o planejamento urbano. Fortalece a identidade e agrega valor”.
Guilherme Castanheira contou que a próxima área a passar por uma regeneração deverá ser a Farrapos. “Isso se faz com um olhar amplo, não somente de mobilidade com a EPTC. A Farrapos é semelhante a outras vias como Assis Brasil e Protásio Alves, que também têm corredores de ônibus, fundamentais para o transporte coletivo”, afirmou.
Ao encerrar, Patrícia fez questão de dizer que a equipe de planejamento da prefeitura aceita toda a contribuição para qualificar os espaços públicos. E a VP Nilva Bellenzier agradeceu os esclarecimentos feitos pelos arquitetos.