O que esperar para o futuro da economia conforme o FMI - CDL POA

O que esperar para o futuro da economia conforme o FMI

Recentemente o FMI atualizou suas expectativas para a economia mundial. As análises e previsões constituem instrumentos relevantes para mapear os diferentes cenários para os próximos meses e anos.

De acordo com o órgão, o PIB global subirá +2,8% em 2023: menos do que os +2,9% computados em janeiro. O Fundo pondera que o balanço de riscos pende para o lado negativo, de modo que existe uma probabilidade de 15% de que o número seja de 1,0%, e de 25% de um patamar inferior a 2,0%.

Entre os vetores de baixa, é possível citar, em primeiro lugar, a deterioração das condições financeiras em virtude das instabilidades no Silicon Valley Bank, Signature Bank e UBS. Questões geopolíticas que enfraqueçam a cooperação, a eventual resiliência da perda do poder de compra das moedas e frustrações a respeito da retomada chinesa também são parte integrante do grupo. Por sua vez, a diminuição sensível dos gargalos na cadeia de insumos e suprimentos, a robustez do mercado de trabalho em diversas nações e a disponibilidade de poupança formada desde o início do distanciamento social são aspectos positivos.

Segundo a abertura das informações, os países desenvolvidos avançarão apenas 1,3%. A revisão de +0,1 ponto percentual é atribuída aos dados correntes benignos. Em 2024, não houve mudanças (+1,4%). Os prognósticos modestos são explicados pelo comportamento da política monetária de restrição à atividade. No tocante aos emergentes, o incremento deve ser bem mais expressivo (+3,9%), puxado pela Índia (+5,9%) e China (+5,2%) – nesse último caso, o tamanho da expansão decorre de uma base deprimida, após as medidas de flexibilização aos negócios. A fragilidade no ramo imobiliário, no entanto, ainda inspira cautela.

Especificamente sobre a América Latina e o Caribe, a taxa calculada para o bloco em 2023 (1,6%) fica bem aquém em relação a 2022 (+4,0%). Além dos desdobramentos das crises bancárias internacionais, o elevado custo do crédito e a queda das commodities atuam para suavizar a velocidade do acréscimo.

No que se refere à inflação, o retorno ao padrão verificado antes da pandemia levará algum tempo. Os preços ao consumidor no mundo não aumentarão +6,6% em 2023, mas 7,0% (em 2022 variaram +8,7%). Em 2024, a projeção é de 4,9%. Os juros altos exigidos para desacelerar os índices acarretam outro problema. O FMI estima que a taxa média de crescimento do produto cinco anos à frente será de 3,0%, enquanto em 2011 atingia 4,6%.

Já para o Brasil, as taxas aguardadas para o PIB são de +0,9% para 2023 e +1,5% em 2024, praticamente as mesmas da mediana dos agentes participantes do FOCUS, do Banco Central.

Em suma, grandes desafios continuam presentes no horizonte, prejudicando o desempenho dos indicadores no curto e médio prazos.

 

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    Data

    19 abril 2023

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