Pós-NRF: Geração Z entra no radar do varejo - CDL POA

Pós-NRF: Geração Z entra no radar do varejo

Palestrantes listaram a um público atento as ações que devem estar na mira das empresas ao longo de 2023

OTeatro da Unisinos lotado, em Porto Alegre indicou o interesse e a disposição de lojistas em saber caminhos a seguir no pós-pandemia. Para uma plateia sedenta por informações na primeira rodada de eventos tradicionais pós-NRF Retail’s Big Show, encerrada na semana passada e com cobertura da coluna Minuto Varejo direto de Nova York, o cardápio foi apimentado. “Que maravilha este auditório lotado!”, exclamou o presidente da CDL Porto Alegre, Irio Piva, na largada da sessão que se estendeu por duas horas e meia. “Este é um sinal de que estamos em retomada. Para quem passou por tudo que passamos nos últimos anos, podermos estar aqui, juntos, é um motivo de muita alegria”, resumiu Piva.

Depois o que se seguiu foi uma avalanche de insights e alertas. Uma das conclusões dos interlocutores, que esteve na NRF, é que a edição, a primeira sem maiores restrições da Covid-19, foi mais prática, indicando temas e soluções do dia a dia da atividade. “Quem tu quer que atenda os clientes da tua loja é o teu time, melhor do que tu”, disparou Guto Rocha, vice-presidente (VP) de vendas e marketing da Pmweb e cofundador do Oto CRM. “Quanto tu está gastando para isso? Não tá! Quanta coisa o Sebrae e a CDL fazem? A gente está melhorando a nossa loja ou não?”, lançou Rocha, com força na voz para o público, maior parte com loja física, que, na NRF 2023, firmou-se como uma sobrevivente pós-Covid. Rocha citou que, ao contrário das edições anteriores, o evento de 2023 colocou no centro as pessoas, expondo a carência que o varejo norte-americano tem de mão de obra.

Mas o VP também frisou que a tecnologia, item obrigatório, tem de ser “invisível”, para não gerar atritos e mais dificuldades do que facilidades na relação de consumo. No evento em Nova York, conferencistas destacaram que o ponto ganha relevância na medida em que as pessoas querem ir pessoalmente e a loja passa a desempenhar função de embaixadora da marca. Os temas loja física, plataforma digital e tecnologia foram temas recorrentes na noite do pós-NRF. A jornada vai de estratégias para chegar aos consumidores, quais e como usar tecnologia e qual a melhor forma de envolver quem atua com a operação. Comunidades também figuraram na listas dos três palestrantes – Rocha, Fabiano Zortéa, coordenador de varejo do Sebrae-RS, e Guga Schifino, diretora da Linx e cofundador da FFX.

Valorizar a relação da marca com o consumidor aparece como lição

Sobre a geração Z, que deve responder por metade do consumo em 2030, segundo estudos de consultorias globais, Schifino motivou os lojistas a buscarem se aproximar destes consumidores. “Esta geração está mais preocupada com o final do mundo do que com o final do mês”, citou o diretor da Linx. Ele sugere que lojistas façam ações, como venda de produtos, no Metaverso, onde estão estes novos e potenciais clientes. Schifino listou dez lições da NRF, onde figuram ações com a comunidade, valorizar a relação da marca com os consumidores, apostar em programas de fidelidade, além do cashback (cupons), resale (venda de segunda mão), personalização e uso da inteligência artificial.

Loja física e ‘resale’ foram temas de destaque em NY

O coordenador de varejo do Sebrae-RS revalorizou o ponto físico, mostrou exemplos de Nova York, com marcas globais como Google, montando lojas em bairros para se aproximar de consumidores. Mas também fez questão de dar exemplos de pequenos empreendedores gaúchos que já foram à feira norte-americana e mudaram seus negócios na volta para casa. Zortéa também motivou o segmento a testar a venda de itens de segunda mão, o resale. “Recomendo colocar anúncio em uma aba no site, é importante dar esta opção”, disse o especialista. A CDL-POA convidou três representantes da comitiva gaúcha que esteve na NRF 2023, além da Fecomércio-RS, AGV e SindilojasPOA, para contar suas experiências no evento.

Virgilio Tonolli, da Tonolli Colchões & Saúde, destacou que a tecnologia precisa dar solução e sugeriu que os lojistas tenham atenção especial aos processos do dia a dia para ver o que é possível fazer diferente. Luisa Cobalchini, da Artelana, indicou a experiência como trunfo para revalorizar as lojas físicas. Já Lucas Neuhaus, da Cadiles, disse que “a tecnologia revolucionou a empresa, mas foi preciso criar uma cultura de uso das ferramentas”. O negócio de família de Neuhaus mudou de loja de calçados em geral para de esportes e, agora, terá filial no ParkShopping Canoas.

Fonte: Jornal do Comércio | Patrícia Comunello
Foto: Patrícia Comunello

 

Data

27 janeiro 2023

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