O crédito tem lugar para receber mais destaque nas vitrines dos gaúchos, auxiliando o consumidor a fazer uma melhor gestão financeira para comprar com inteligência
A CDL POA apresenta estudo inédito que mostra como o consumidor porto-alegrense tem se relacionado com a transformação do cenário do crédito no Brasil. O material, {R}evolução do Mercado de Crédito, elaborado em parceria com a Vitamina Pesquisas, mostra que o consumidor da Capital ainda desconhece as mais recomendáveis práticas para utilização do crédito, evidenciando uma grande lacuna de educação financeira na população, que parece persistir diante da facilidade na obtenção de recursos. Por outro lado, as lojas possuem ainda grande potencial para trabalharem o crediário junto aos seus clientes, com segurança na concessão para ambas as partes. O crédito pode receber mais destaque nas vitrines, auxiliando o consumidor a fazer a melhor negociação.
Para o presidente da CDL POA, Irio Piva, o crédito é um ponto de conexão entre as empresas e o consumidor, pois estimula a atividade econômica, ampliando a visão da cadeia de consumo. “Com este material, a CDL POA se coloca à disposição das empresas associadas para apoiá-las neste momento de transformação do cenário de crédito. Queremos ajudá-las a entregar, com segurança e com menor risco, aquilo que os consumidores procuram”, destaca Piva.
O banco digital surgiu como um facilitador para a tomada de crédito. Entretanto, o hábito de se tomar crédito para quitar dívidas, e a necessidade de complementar as despesas recorrentes e até básicas, como alimentação, por exemplo, são os principais propulsores de uma tomada de crédito. No intuito de dar assistência para a família, parte da população recorre à captação de crédito por cheque especial ou cartão de crédito, juros reconhecidamente altos. O que demonstra uma definição distorcida que reflete a precária educação financeira e falta de capacidade de planejamento da população, uma das conclusões do estudo.
De acordo com a pesquisa, 26,1% dos entrevistados já pagaram o mínimo ou um valor intermediário da fatura do cartão de crédito, e 34,5% precisaram usar o limite negativo da conta bancária. Nos últimos 24 meses, 40,3% tomaram algum tipo de empréstimo e 37,5% recorreram ao crédito quando necessitaram complementar a renda mensal. Da amostra, 27,1% adquiriram algum bem, e 16,8% usaram o crédito para construir ou reformar.
Sobre as dívidas atuais, o financiamento de algum bem lidera a modalidade das dívidas da população, com 28,7%. Já as pendências com instituições financeiras somam 27,1% das dívidas em curso. O estudo aponta que 14,1% dos respondentes devem para amigos e familiares, e o número chega a 13,5% em relação aos cartões de crédito.Em relação ao cartão de loja, o número se mostra tímido (2,2%), pois as compras no varejo são pagas por meio de cartão de crédito.
O estudo demonstra que o Cadastro Positivo e o score de crédito são temas que já fazem parte do repertório da população, pois 70% já ouviu falar no Cadastro Positivo, 65,2% está familiarizada com o score e 28,7% afirma acompanhar a sua pontuação.
A escassez da educação financeira favorece a inadimplência e impede o bom uso de recursos de crédito, conclui o estudo. As pessoas demonstram conhecimento e controle de scores para tomada de crédito, mas pouca iniciativa para um planejamento financeiro efetivo. Nesse sentido, o crédito é um comportamento recorrente para dar conta da complementação do orçamento familiar. Por isso, existe uma lacuna de oportunidade para que empresas de varejo incluam produtos financeiros entre as principais verticais de seus negócios. A inteligência de dados dos big data têm potencial de atrair os consumidores para negociações mais assertivas e com melhores condições.
Para a elaboração desta pesquisa, foram ouvidas mais de 300 pessoas , entre homens e mulheres, acima de 18 anos, das classes B, C e D, moradores de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Foram realizadas entrevistas qualitativas e quantitativas. Para acessar o estudo completo: {R}evolução do Mercado de Crédito.